22.9.12

A ressurreição das Águias

100% de aproveitamento na Bundesliga: Inui e Rode comemoram
 o segundo gol marcado pelo japonês na vitória contra o Nuremberg

Todo início de temporada europeia é a mesma coisa. Mesmo com a presença de vários elencos estelares, é comum aparecer um time mediano que, sem investir valores astronômicos, quebra alguns prognósticos e realiza uma inesperada boa campanha. Desta vez, a surpresa vem da Bundesliga: é o Eintracht Frankfurt.

Apesar de acumular alguns sucessos, (um vice-campeonato europeu, uma Copa da Uefa e um Campeonato Alemão), já faz quase 20 anos que a equipe rubro-negra não realiza uma boa campanha. De favorito, o Frankfurt tornou-se mero coadjuvante. Participações na Segunda Divisão Alemã tornaram-se uma constante...

Vice-Campeão da Bundesliga 2 em 2011/12, os Die Adler (Águias em alemão) trouxeram atletas bons e baratos, como Aigner, Inui e Trapp, além de manterem seus principais atletas como o promissor Sebastian Rode e bom finalizador Alexander Meier (artilheiro do clube na temporada passada com 17 gols).

No 4-1-4-1 do Eintracht todos os atletas ajudam na marcação;
No ataque, muita velocidade e precisão nas bolas aéreas
O esquema montado pelo rodado treinador Armin Veh é muito equilibrado. Jung e Oczipka pouco avançam e ajudam constantemente a zaga latino-americana formada pelo peruano Zambrano e pelo brasileiro Anderson (ex-Flamengo). A bola pouco ameaça a meta do seguro goleiro Trapp. No meio, Schwegler cuida da cabeça-da-área, enquanto que os velozes Inui, Rode, Aigner e Meier (este com maior frequência) revezam-se para municiar o trombador centroavante Occean (ex-Greuther Furth).

Apesar de defensiva, a tática tem dado resultados. Após quatro jogos e quatro triunfos consecutivos frente à Bayer Leverkusen, Hoffenheim, Hamburgo e Nurenberg, o Frankfurt terá sua prova de fogo na próxima terça, dia 25, quando enfrentar o atual campeão Borussia Dortmund. Será o divisor de águas para mostrar se as Águias voltarão a alçar maiores voos ou se apenas passam por uma boa fase. Ou alguém já se esqueceu do próprio Hoffenheim na Bundesliga 2008/09 e seu triste desfecho?

20.9.12

Atalho para a Libertadores


Que a Copa Sul-Americana não é um torneio que encanta o torcedor brasileiro, todos sabemos. Apesar disso, não podemos nos esquecer de que, além da premiação em dinheiro, o campeão classifica-se para a Copa Libertadores de 2013. Certamente, um caminho muito mais fácil do que permanecer entre os melhores do torneio nacional...

São Paulo vs. LDU Loja (EQU)

Dentre os quatro brasileiros que estão na disputa, o São Paulo é aquele que, ao menos na teoria, teve mais sorte. Afinal, ninguém em sã consciência apostaria que a LDU Loja eliminaria o tradicional Nacional de Montevidéu. Contando com uma equipe mediana, que subira recentemente para a 1ª Divisão, os equatorianos já estão no lucro.

Dessa forma, o Tricolor deve enfrentar um time muito cauteloso, que se projeta pouco ao ataque e depende de bolas aéreas. Destaque para o desconhecido brasileiro Fabio Renato (artilheiro do torneio até o momento com 5 gols), o jovem Johnny Uchuari e os experientes Walter Calderón e Franklin Salas. Se Los Albos perderem de pouco, já sairão contentes...

Opinião FC: São Paulo 90%, LDU Loja 10%

Grêmio vs. Barcelona de Guayaquil (EQU)

Quem acredita que o Tricolor gaúcho terá vida fácil, engana-se. Campeão do 1º turno do Campeonato Equatoriano, o ”Barça sul-americano” possui uma equipe equilibrada que mescla atletas já tarimbados com jovens revelações locais.

Apesar de possuir cinco equatorianos selecionáveis (o goleiro Banguera, os zagueiros Jayro Campos e Erazo, o armador Michael Arroyo e o centroavante Narciso Mina – atual artilheiro da liga local), Los Canarios sofrem pela falta de constância dos seus meio-campistas que geralmente abusam da forte marcação, realizando faltas violentas e perigosas. Se os Amarelos fossem mais disciplinados teriam passado pelo Táchira e pelo Cobreloa com maior facilidade.

Opinião FC: Grêmio 70%, Barcelona 30%

Palmeiras vs. Millonarios (COL)

Já garantido na Libertadores do próximo ano e mais preocupado com o risco de queda no Campeonato Brasileiro, o desmotivado Palmeiras. Se não fosse por este motivo, tinha tudo para ser o embate mais emocionante e equilibrado desta fase.

Após ficar mais de 20 anos sem conquistar um título nacional, o campeão da Copa Colômbia possui um time rápido que às vezes peca por expor-se demais ao ataque. A equipe conta com bons valores como o arqueiro Ramos, o central Román Torres, o meia Candelo e a dupla de ataque formada por Rentería (ex-Santos) e Wilberto Cosme, que junta fez cinco dos oito tentos anotados pelos Azuis. Enfim, El Ballet Azul que já eliminou Guarani e Inti Gas deve avançar às quartas...

Opinião FC: Palmeiras 35%, Millonarios 65%

Atlético-GO vs. Universidad Católica (CHI) 

Em situação semelhante ao do Verdão (brigando para não cair na liga nacional), os atleticanos deram azar. Experimentado internacionalmente e mais acostumado com torneios continentais, o Universidad é favorito frente ao lanterna do Brasileirão. Não à toa, o atual campeão da Copa Chile despachou os encardidos Blooming e Tolima.

As vindas do promissor Álvaro Ramos e do veterano argentino Sixto Peralta, serviram apenas para reforçar o bom elenco dos Cruzados, que já contava com o experiente Christián Álvarez, o rodado Rodrigo Valenzuela e o polivalente Michael Ríos. Diante adversários tecnicamente superiores e virtuais candidatos ao título, tudo culmina numa derrota goiana.

Opinião FC: Atlético-GO 25%, Universidad Católica 75%

18.9.12

Champions League 2012-13 - Parte II


Grupo E: Chelsea (ING), Juventus (ITA), Nordsjaelland (DIN) e Shakhtar Donetsk (UCR) 

Atual campeão europeu, os Blues rejuvenesceram o elenco. Saíram Bosingwa, Kalou, Raul Meirelles e Drogba (o herói do título) e chegaram os promissores Marín, Hazard, Oscar e Azpilicueta. Apesar de equilibrado e forte defensivamente, é um time que depende muito das bolas paradas, dos lançamentos e dos momentos de lucidez de Lampard. E cá entre nós, Nando Torres ainda não convence...


Ao lado dos londrinos, La Vecchia Signora aparece como favorita a vaga. Base da atual seleção italiana, a campeã do Calcio trouxe Rubinho, Lúcio, Asamoah, Bendtner e Isla. Mesmo desfalcada pelas saídas de Del Piero, Krasic, Grosso e Elia, a Juve mescla jogadores aguerridos (como Vidal e Marchísio) com habilidosos (como Giovinco e Pirlo). Pode dar certo.


O time mais brasileiro do torneio deve contentar-se com a 3º posto. Tricampeão ucraniano e detentor de 100% de aproveitamento na liga local, o Shakhtar é osso duro. Além dos brasileiros, destacam-se o croatas Eduardo da Silva e Srna, além do armeno Mkhitaryan, artilheiro da equipe na temporada com 11 gols. Quanto ao atual campeão dinamarquês pouco pode se esperar. Apesar de possuir um conjunto entrosado, não conta com atletas de renome. Destaque apenas para o meia Lorentzen e o avante Beckmann. Mero coadjuvante.

Quem classifica? Chelsea e Juventus
Europe League (3º colocado): Shakhtar Donetsk
Tem brasuca aí? David Luiz, Ramires, Oscar e Lucas Piazon (Chelsea); Rubinho e Lúcio (Juventus); Fernandinho, Willian, Douglas Costa, Alan Patrick, Alex Teixeira, Ilsinho, Luiz Adriano e Dentinho (Shakhtar Donetsk)


Grupo F: BATE Borisov (BEL), Bayern de Munique (ALE), LOSC Lille (FRA) e Valencia (ESP) 

Na busca por um parceiro de ataque para Mario Gomez, os vice-campeões da Champíons não renovaram os contratos de Pranjic e Olic e contrataram Pizarro e Mandzukic. Além dos dois atacantes, Shaqiri, Dante e Martínez também desembarcaram em Munique. Com a permanência de Ribery, Schweinsteiger, Mulller e Neuer, os bávaros estão ainda mais fortes. Candidatos ao título.


Com a venda de Alba, Topal e Hernandez, o Valencia trouxe Fernando Gago, João Pereira, Cissokho e Sergio Canales (a maior promessa espanhola dos últimos anos), além de adquirir Valdez e Guardado por empréstimo. Com Diego Alves no gol, Banega no meio e Soldado à frente, os Ches deverão incomodar. Já o LOSC tem pretensões menores. Sem Hazard, seu principal articulador, trouxe Sidibé, Martin e Kalou. Muito pouco. Mesmo contando com atletas experientes como Landreau, Rozehnal, Pedretti e Mavuba, os franceses já ficarão felizes se terminarem em terceiro lugar.

Contando com a experiência de Hleb e os gols de Rodionov o hexacampeão bielorrusso sonha com uma vaga na Europe League. Dono de uma forte defesa liderada por Simic e Bordachev, o BATE venderá caro a derrota, principalmente em seus domínios. Será o termômetro da chave.

Quem classifica? Bayern de Munique e Valencia
Europe League (3º colocado): LOSC Lille
Tem brasuca aí? Rafinha, Dante e Luiz Gustavo (Bayern de Munique); Tulio de Melo (LOSC Lille); Diego Alves e Jonas (Valencia)

Grupo G: Barcelona (ESP), Benfica (POR), Celtic (ESC) e Spartak Moscou (RUS) 
Após destacar-se no Valencia, o novo lateral-esquerdo
da Fúria
foi contratado antes mesmo da Euro 2012
As vindas de Song e Jordi Alba só fizeram os catalães da atualidade ficar ainda mais fortes. Não suficiente pelo elenco recheado de craques como Iniesta, Pedro, Cesc, Xavi, Messi e Villa, os blaugranas também contam com os jovens que surgiram na categoria de base (La Masía) como Thiago, Cuenca, Fontás... Tal como ocorrera na temporada anterior, o maior inimigo do Barça é o próprio Barça.


Os outros integrantes da chave aparecem equilibrados. Mesmo com a saída de Witsel e Javí Garcia, os Encarnados trouxeram apenas Eduardo Sálvio. No restante, os destaques benfiquistas ainda estão nos sul-americanos Maxi Rodriguez, Luisão, Aimar, Gaitán e Oscar Cardozo. O time deve brigar pela classificação com o Spartak. Apesar de estarem em má fase na Russian League, os alvirrubros reforçaram-se com Insaurralde, Rômulo, Kalsstrom e Jurado (por empréstimo). Tem boas peças como Suchy, De Zeuuw e Emenike, principal atacante da equipe. Prova disso fora a eliminação imposta ao Fernebahce de Kuyt e Alex.


Correndo por fora, aparecem os campeões escoceses. Mais fraco do que em edições anteriores, possui um esquema muito retrancado e totalmente dependente dos gols de Samaras e do individualismo de Commons e Wanyama. Não empolga.

Quem classifica? Barcelona e Benfica
Europe League (3º colocado): Spartak Moscou
Tem brasuca aí? Dani Alves e Adriano (Barcelona); Artur, Luisão, Jardel, Bruno César, Lima e Alan Kardec (Benfica); Rafael Carioca, Romulo, Ari e Welliton (Spartak Moscou)


Grupo H: Braga (POR), Cluj (ROM), Galatasaray (TUR) e Manchester United (ING)

Para não repetir o pífio desempenho da temporada passada (3º na fase de Grupos), os vice-campeões ingleses investiram em bons nomes, como Kagawa e Van Persie. Isso faz com que Alex Fergunson não possua um “onze” definido. O padrão muda de acordo com o adversário. Apenas Carrick e Vidic são intocáveis. Não resta dúvidas de que os Devils tem time para ser campeão. O problema é fazer com que Rooney, Nani, Valencia estejam sempre inspirados. Sem eles, fica difícil.

O atual campeão da Super Lig briga com os portugueses pela segunda vaga. Reforçado por Cris, Felipe Melo, Hamit Altintop e Amrabat, os turcos contam com outros atletas com experiência internacional, como Elmander, Muslera, Hakan Balta, Umut, Baros e Eboué.  Trata-se de uma equipe equilibrada e difícil de ser batida. Dará trabalho aos maiores clubes europeus... Já o Braga, utilizando a política do “bom-e-barato”, foi às compras sem gastar alto. Destaque pra as chegadas de Beto, Rúben Amorim e Rúben Micael (os dois últimos, ambos por empréstimo). Com a venda da dupla de ataque formada por Lima e Nuno Gomes, olho em Alan, Hugo Viana e Helder Barbosa.

Considerado uma surpresa por conseguir eliminar o Basel, o Cluj possui um elenco sem estrelas. Além do conjunto, o destaque do campeão romeno fica pela veloz dupla de ataque formada por Kapetanos e Sougou. Luta para perder por poucos gols de diferença.

Quem classifica? Manchester United e Galatasaray
Europe League (3º colocado): Braga
Tem brasuca aí? Baiano, Ismaily, Paulo Vinícius, Douglão, Mossoró, Leandro Salino, Alan, Paulo César, Michel e Carlão (Braga); Rafael Bastos e Luís Alberto (Cluj); Cris e Felipe Melo (Galatasaray); Rafael e Anderson (Manchester United)

17.9.12

Champions League 2012/13 - Parte I

Jogadores do Chelsea comemoram inédita conquista
da Champions League 2011/12 - Rumo ao bi?
Amanhã começa a fase de grupos da 58ª edição do torneio interclubes mais importante da Europa: a Champions League. O regulamento é o mesmo. Dos 76 participantes iniciais, sobraram 32, que foram divididos em oito grupos com quatro times cada. Duas equipes de cada chave classificam-se para a fase de “mata-mata”, na qual restarão apenas duas agremiações que duelarão pelo título no dia 25 de maio de 2013, em Wembley, Londres. Façam suas apostas...

Grupo A: Dínamo Zagreb (CRO), Dynamo de Kiev (UCR), Paris Saint-Germain (FRA) e Porto (POR) 

Diante das equipes do Leste Europeu, franceses e portugueses aparecem como maiores favoritos, nesta ordem. O PSG, o “novo rico” europeu trouxe reforços valiosos como Ibrahimovic, Lavezzi, Thiago Silva e Van der Wiel. Se estes atletas entrosarem a tempo, o atual vice-campeão francês terá time para brigar em pé de igualdade com qualquer rival europeu.

Entrosamento este, que não falta ao atual campeão português. Desfalcado pela venda de três titulares (Hulk, Álvaro Pereira e Guarín), os Dragões apostarão suas fichas na espinha dorsal latina formada por Helton, João Moutinho, Lucho Gonzáles e Jackson Martínez, o maior reforço portista.

Quanto aos Dínamos não há muito que esperar. Dentre os dois, o campeão ucraniano possui um elenco mais experiente, com nomes como Miguel Veloso, Taiwo, Nico Kranjcar e Ideye Brown – nigeriano autor do gol da classificação. Já o Zagreb, tem tudo para ser a “baba” da chave. O ponto forte dos croatas é o setor de marcação liderado pelos veteranos Leko, Simunic e Tonel.

Quem classifica? Paris Saint Germain e Porto
Europe League (3º colocado): Dynamo de Kiev
Tem brasuca ae? Samir (Dínamo Zagreb); Danilo Silva, Betão, Leandro Almeida, Dudu e Rafael Araújo (Dynamo de Kiez); Thiago Silva, Alex, Maxwell e Nenê (Paris Saint Germain); Hélton, Fabiano, Danilo, Alex Sandro, Maicon, Fernando, Kléber e Kelvin (Porto).

Grupo B: Arsenal (ING), Montpellier (FRA), Olympiacos (GRE) e Schalke 04 (ALE) 

Maiores favoritos da chave, os londrinos tentarão compensar a perda de duas importantes peças (Van Persie e Song) com a vinda dos medianos Podolski, Giroud e Santi Cazorla. Com Arshavin e Arteta na armação e Mertesacker na zaga, os ingleses devem classificar-se com sobras. Apostar, porém, que os Gunners consigam surpreender rivais mais renomados parece difícil...

Os outros integrantes aparecem bem equiparados, com ligeira vantagem a equipe de Gelsenkirchen. Na ausência do veterano Raúl (que foi para o futebol árabe) as atenções caem nos pés do recém-chegado Affelay. Além dele, os alemães confiam no poderio ofensivo do trio Huntelaar-Farfán-Obasi e na garra de Barnetta (outra “cara-nova”).

Para compensar a saída do artilheiro Giroud, o Montpellier trouxe o promissor Herrera. No mais, manteve a mesma base campeã da Ligue One. Enquanto Hilton toma conta da defesa, os africanos Utaka e Belhanda cuidam da parte ofensiva.  Detentor de 14 títulos nacionais nos últimos 16 anos, o bicampeão grego investiu em atletas tarimbados, como Contreras e Diakité. Apesar de possuir um elenco experiente, com Pantelic, Torosidis e Papadopoulos, sentirá a ausência de seu ex-goleador, Mirallas, que foi para o Everton.

Quem classifica? Arsenal e Schalke 04
Europe League (3º colocado): Olympiacos
Tem brasuca ae? André Santos (Arsenal); Hilton (Montpellier) e Diogo (Olympiacos)

Grupo C: Anderlecht (BEL), Málaga (ESP), Milan (ITA) e Zenit (RUS) 

Pazzini comemora seu terceiro
gol frente ao Bologna: 1º Triplete
Renovação. Esta palavra marca o momento dos italianos. Além da venda de Ibra e Thiago ao PSG, veteranos como Seedorf, Gattuso, Zambrotta, Inzaghi e Nesta também saíram. As novidades são as vindas de Montolivo, de Jong, Boján e Pazzini (envolvido numa troca com Cassano). Pouco? Não se engane. Os “encardidos” rossoneros podem ir longe...

Após abrir os cofres para trazer Witsel e Hulk, o campeão russo aparece como segunda força da chave. Trata-se de um elenco equilibrado, com Malafeev no gol, Bruno Alves na zaga, Denisov no meio e Kerzhakov na frente.

Estreante na Champions, o quarto colocado espanhol perdeu nomes importantes como Van Nistelrooy (que se aposentou), Santi, Mathijsen e Maresca e reforçou-se apenas com “trintões” outrora esquecidos como Saviola e Santa Cruz. Mesmo assim, um time que tem Demichelis, Toulalan e Joaquín não deve ser menosprezado. Por fim, temos o campeão belga, que praticamente não alterou seu elenco. Os holofotes ainda concentram-se no armador Gillet e na dupla de ataque formada por Mbokani e Jovanovic. Candidato a saco de pancadas.

Quem classifica? Milan e Zenit
Europe League (3º colocado): Málaga
Tem brasuca ae? Kanu e Fernando Canesin (Anderlecht); Weligton e Julio Baptista (Málaga); Gabriel, Robinho e Alexandre Pato (Milan); Hulk (Zenit)

Grupo D: Ajax (HOL), Borussia Dortmund (ALE), Manchester City (ING) e Real Madrid (ESP) 
Maicon posa com a camisa do novo clube
Eleito como grupo da morte por reunir quatro campeões nacionais, deve credenciar espanhóis e ingleses à próxima fase. Após quebrarem o tabu de 44 anos sem o título da Premier League, os Citizens não gastaram tanto. Se Adebayor, Hargreaves e De Jong foram embora, Maicon, Rodwell, Sinclair e Javi Garcia chegaram. Aquisições estas, que muito agregarão à equipe de Tevez (que voltou a fazer gols), Balotelli, Aguero e dos Irmãos Touré.


Dono de um elenco estelar, com Casillas Xabi Alonso, Ozil, Higuaín e companhia, os madrilenhos ficaram ainda mais fortes com a vinda de Modric e Essien (este, por empréstimo). Se a diretoria merengue souber controlar os egos de alguns atletas como Cristiano Ronaldo e Benzema e de seu treinador José Mourinho, o Real é candidato ao título. Afinal, não é qualquer clube que pode dar-se o luxo de ter Kaká como reserva...

Azarados, se os campeões alemães tivessem noutro grupo, provavelmente avançariam no torneio. Sem Kagawa e Barrios, vendidos, o Dortmund trouxe os jovens Schieber e Marco Reus. Ainda assim, o veloz quarteto formado por Gotze, Grosskreutz, Kuba e Lewandowski dará trabalho aos adversários. Quarta força, o bicampeão holandês perdeu Van der Wiel, mas manteve Eriksen e Siem De Jong. Além disso, repatriou Babel e trouxe os nórdicos Sana, Christian Poulsen e Moisander. Nesta chave, porém, parece muito pouco.

Quem classifica? Real Madrid e Manchester City
Europe League (3º colocado): Borussia Dortmund
Tem brasuca ae? Felipe Santana (Borussia Dortmund); Maicon (Manchester City); Marcelo e Kaká (Real Madrid).

16.9.12

Ganso Tricolor



Acabou a novela. Mesmo com o discurso cauteloso da diretoria são paulina, que reluta em confirmar a contratação, tudo leva a crer que Paulo Henrique Ganso chegará ao Morumbi nesta próxima segunda-feira (dia 17). 


Esperançoso em conseguir reconquistar seu status de principal articulador do futebol nacional, Ganso recusou propostas até mais vantajosas do Grêmio e do próprio Santos para fazer parte do elenco paulistano. Desta forma, Ney Franco pode utilizar o atleta de duas maneiras. Caso utilize Paulo Henrique na posição tradicional, dentro do cada vez mais aclamado 4-2-3-1, ele poderá atuar com Jádson, dividindo a responsabilidade de armar as jogadas e municiar o ataque, algo que até Luís Fabiano, principal centroavante do clube deseja

São Paulo no 4-2-3-1: Dois armadores e muita velocidade pelas alas 
Outra opção é atuar no ofensivo 4-3-3, esquema no qual os laterais teriam que limitar-se a marcar muito mais e evitar avanços desnecessários. Independente da tática adotada, não resta dúvidas de que o novo “camisa oito” Tricolor acrescentará muita qualidade ao elenco. Não resta dúvidas que o São Paulo é o mais novo favorito à conquista da Copa Sul-Americana (que credencia o campeão à Copa Libertadores de 2013). 

Tricolor Paulista o 4-3-3: Esquema com maior ofensividade - cinco atacam

Enfim, que o meio-campista é um atleta diferenciado, dono de uma habilidade e uma capacidade incrível em colocar a bola onde quer, ninguém duvida. Resta saber, se Ganso conseguirá tratar-se no Reffis para voltar a atuar como um verdadeiro craque. Afinal, apesar de PH atravessar uma má fase incrível, ele é novo. Possui apenas 22 anos e ao lado de outros atletas mais experientes que possam dividir a responsabilidade sobre os resultados, ele tem tudo para espantar o mau agouro e voltar à Seleção Brasileira. Ótima contratação do tricolor, carente de um atleta que atue nesta posição desde a saída de Danilo, hoje no rival Corinthians. Vida longa à Ganso... 


14.9.12

Bagunça no chiqueiro...


Felipão incrédulo durante coletiva: 
Algo comum em sua 2ª passagem pelo time 

Não deu. Após a péssima campanha no Campeona to Brasileiro deste ano, Luiz Felipe Scolari não resistiu à pressão e foi demitido do Palmeiras. Com um pífio aproveitamento de apenas 27,8%, não tinha como a diretoria sustentar o treinador do penta no cargo. Afinal, como afirmou o próprio presidente do Verdão, Arnaldo Tirone: “a situação estava insustentável”.  

Na verdade, o caos já está instaurado no Palmeiras há tempos... Parece que a queda para a Segunda Divisão em 2002 nada acrescentou aos conselheiros do clube. O Verdão tem estrutura de time grande, torcida de time grande, mas organização de time semi-amador. 


Primeiramente, o time não tem elenco. Durante a 2ª Era Felipão o Alviverde nunca teve atletas de reposição a altura de seus titulares. Pior é saber que, quando consegue o feito, um deles acaba sendo vendido ou emprestado... A venda de Cicinho e do emprésimo de Deola – ambos bons reservas – servem de exemplo. Equipe que não tem 16, 20 atletas capazes de ser titulares está fadada ao fracasso. 


Precipitação e péssimos investimentos em contratações. Trouxe Wesley por peso de ouro, mas o volante provavelmente já veio lesionado. E a troca de Daniel Carvalho por Pierre? Quem acreditou que o Galo sairia perdendo? Além disso, quase todos jogadores contratados num espaço de três anos não vingaram e já foram embora. Daí, falta jogador qualificado e o Verdão tem de recorrer a atletas que não entravam em campo há tempos (leia-se Correa) ou semi-aposentados (leia-se Leandro). A filosofia do “bom e barato”, por muitas vezes sai cara. 

Ainda há outros fatores que também atrapalham. O meia Valdívia (um dos maiores salários) vive no estaleiro ou nas páginas sociais, ao invés de jogar bola; a diretoria é divergente e vive à base de”picuinhas”, enfim, há muitos problemas que acabaram sendo maquiados pelo enganoso título da Copa do Brasil. 

Longe de mim, querer defender a permanência de Felipão, já que acredito que profissionais vivem de resultados e o aproveitamento dele permanecia ruim. Mas se não fosse por ele, palestrinos, o Palmeiras provavelmente já tinha caído para a Série B no Brasileirão de 2011. 

12.9.12

A rapina colombiana

Falcão Garcia comemora gol marcado contra o Chile: 
Principal esperança colombiana para retornar à Copa do Mundo

Após as duas últimas vitórias convincentes pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2014 (4 a 0 no Uruguai e 3 a 1 no Chile), a Colômbia saltou da sexta colocação para a vice-liderança e entrou de vez na briga por uma das quatro vagas sul-americanas para o torneio. 

Embora os Cafeteros possuam um elenco equilibrado, recheado por atletas que conquistaram o Sul-Americano Sub-20 de 2005 em cima da Argentina de Messi, Aguero, Gago e companhia, é inegável dizer que o maior astro desta geração trata-se de Radames Falcão García Zarate.   

Falcão, que possui este nome graças uma homenagem que o seu pai fez ao grande volante brasileiro das Copas de 82 e 86, provavelmente é o melhor centroavante da atualidade. Ambidestro, possui um chute muito potente e apesar de sua posição, não é raro vê-lo sair da área para buscar o jogo e trombar com seus adversários (aproveitando-se de seu porte físico) para servir seus companheiros. Quem pode acompanhar seus últimos jogos pela seleção ou o massacre imposto pelo Atlético de Madrid perante ao Chelsea na Supercopa Européia, certamente irá concordar... 

Exageros à parte, seu estilo de jogo e até mesmo os seus números estatísticos, lembram os do argentino Gabriel Batistuta. Habilidosos, aguerridos e exímios finalizadores. Só resta saber se Falcão García – El Tigre, assim como fizera o argentino, permanecerá com pique para liderar La Tricolor rumo à próxima Copa do Mundo, algo que não ocorre desde 1998.     


11.9.12

Arroz, feijão e dendê

Vasco 0 X 4 Bahia: Atletas do Tricolor comemoram
mais um gol diante um desolado
Fernando Prass

Dono de melhor campanha no 2º turno do Brasileirão, com 10 pontos conquistados em 12 disputados, o Bahia surpreende por sua ascensão meteórica. Afinal, não é muito comum um time sair do Z-4 e, a cada rodada, distanciar-se ainda mais do perigoso setor de rebaixamento.

4-3-2-1: Formação tática do Bahia após a chegada de Jorginho
Mesmo tendo em mãos um elenco limitado, Jorginho já detém uma melhor campanha do que seus antecessores. O segredo do sucesso? A aposta na simplicidade. Ao contrário de Caio Júnior, que improvisou alguns volantes na lateral-esquerda em substituição ao contundido Ávine, o novo técnico preferiu não inventar e promoveu o jovem Jussandro à titularidade.

Além disso, Jorginho barrou medalhões como Fabinho, Mancini e Kléberson e formou um meio-campo com três volantes e dois meias rápidos. Assim, o Tricolor de Aço tornou-se muito mais consistente, brigador e veloz. Se o adversário perder a bola terá sérios problemas para segurar os habilidosos Gabriel e Zé Roberto. O São Paulo que o diga...

Com a defesa melhor protegida, a mediana zaga do “Baêa” dá menos sustos no torcedor e origina menos chances de gol aos rivais. Não à toa, as redes de Marcelo Lomba (bom goleiro que o Flamengo deixou escapar) estão intactas há quatro jogos...

Aliado à mudança no padrão tático e à ótima fase do “grosso”, porém aguerrido, Souza, vemos um Bahia que subiu de produção apostando no “arroz-com-feijão”. Receita simples que, quando bem trabalhada, traz bons resultados. E, cá entre nós, tem muito time grande que nem isso anda fazendo. Há tempos...

8.9.12

Enfim, a Copa de 2014 começa na Europa

Espanhóis comemoram o título da Copa de 2010: 
A trajetória na busca pelo bi já começou..
.

 Neste feriado iniciaram-se as Eliminatórias europeias para a Copa do Mundo de 2014. As 53 seleções do Velho Continente estão divididas em 9 grupos, nos quais o campeão credencia-se automaticamente para a disputa do torneio no Brasil, enquanto que os oito melhores segundo colocados vão para a repescagem, na qual classificar-se-ão mais quatro equipes. Diante disso, o Opinião FC dá uma rápida explanação acerca de cada grupo. Confira:

Grupo A: Bélgica, Croácia, Escócia, Macedônia, País de Gales e Sérvia 
Grupo difícil de realizar prognóstico. Único que não tem um “saco de pancadas” definido. Provavelmente será aquele que não conquistará vaga na repescagem. Croatas surgem como favoritos, mas devem tomar cuidado com os promissores elencos sérvios e belgas. Escoceses e galeses correm por fora.

Grupo B: Armênia, Bulgária, Dinamarca, Itália, Malta e República Tcheca
Cheira a possível zebra. Os vice-campeões europeus historicamente demoram a demonstrar bom futebol e devem tomar cuidado para não serem surpreendidos. Dentre os “encardidos” búlgaros, os retranqueiros tchecos e os habilidosos dinamarqueses, fico com os nórdicos.

Grupo C: Alemanha, Áustria, Cazaquistão, Ilhas Faroe, Irlanda e Suécia 
A geração de Ozil, Muller e companhia surge como favorita numa chave bastante equilibrada. Austríacos e irlandeses, porém, passam por um processo de renovação em seu selecionado. A experiência internacional dos suecos deve fazer a diferença.

Grupo D: Andorra, Estônia, Holanda, Hungria, Romênia e Turquia 
Depois da vexaminosa campanha na Euro 2012, os holandeses não devem encontrar dificuldades para se classificarem. Se não houver nenhuma zebra, os turcos devem garantir-se no segundo posto. No restante, apenas os húngaros deverão complicar.

Grupo E: Albânia, Chipre, Eslovênia, Islândia, Noruega e Suíça 
Grupo mais fraco tecnicamente. Amadurecidos, com a mesma base da Copa de 2010, os suíços devem liderar a chave. Já os decadentes noruegueses não devem ser páreo para a forte defesa eslovena liderada pelo ótimo goleiro Samir Handanovic.

Grupo F: Azerbaijão, Irlanda do Norte, Israel, Luxemburgo, Portugal e Rússia
Barbada. Portugueses e russos devem brigar entre si apenas para decidir as primeiras posições. Vantagem para a o time de Cristiano Ronaldo e Nani. Entre os demais, apenas os norte-irlandeses podem aparecer como uma surpresa.

Grupo G: Bósnia e Herzegovina, Eslováquia, Grécia, Letônia, Liechtenstein e Lituânia 
Equilíbrio. Aos trancos e barrancos os gregos devem conseguir a liderança da chave, enquanto que bósnios, eslovacos e letões brigam pela outra vaga. Dentre os três, acredito que a equipe comandada pelo trio Misimovic-Dzeko-Ibisevic leve a melhor.

Grupo H: Inglaterra, Moldávia, Montenegro, Polônia, San Marino e Ucrânia 
Apesar do favoritismo, os ingleses terão trabalho para superar seus rivais (exceto Moldávia e San Marino). Ucranianos e poloneses têm grande experiência internacional e possuem grandes defesas, mas aposto nos ascendentes montenegrinos. Têm time para chegar à Copa.

Grupo I: Bielorrússia, Espanha, Finlândia, França e Geórgia 
Os bicampeões europeus e atuais campeões mundiais devem sobrar neste grupo. Pior para os franceses que estão em processo de renovação e não poderão perder pontos para as outras equipes para garantirem-se entre os melhores segundos colocados.

Apostas Opinião FC:
Classificados para a Copa: Alemanha, Croácia, Espanha, Grécia, Holanda, Inglaterra, Itália, Portugal e Suíça.
Repescagem: Bósnia e Herzegovina, Dinamarca, Eslovênia, França, Montenegro, Rússia, Suécia e Turquia

7.9.12

Independência ou Morte

Leandro Damião comemora com Oscar o seu gol no
último amistoso da Seleção contra a Suécia
Hoje, a partida contra a África do Sul será o oitavo amistoso que a Seleção Brasileira realizará neste ano. Até agora, o retrospecto é meramente razoável. Cinco vitórias contra equipes medianas: Bósnia-Herzegovina, Dinamarca, Reino Unido, Estados Unidos e Suécia e duas derrotas frente a rivais continentais, como México e Argentina. Tudo isso, sem colocar o desastre olímpico na conta. Muito pouco. 

Atualmente, apenas 12º colocado no Ranking da Fifa, o Brasil vive uma relação de dependência com suas principais peças. Explica-se: a seleção, a exemplo do que já ocorrera no comando de Dunga, vive de jogadas individuais e não consegue apresentar um padrão de jogo convincente.  

Dependemos muito da capacidade de Neymar desmarcar-se, driblar um adversário e partir para o gol. Dependemos da criatividade de Oscar para armarmos nosso meio-campo, por mais inconstante que ele seja. Dependemos do experiente (?) Thiago Silva no comando de nossa defesa na luta por não tomarmos gols, uma vez que não possuímos laterais que sejam bons marcadores ou um goleiro que imponha respeito... 


Muitas vezes, dependemos de bolas paradas ou de cruzamentos esparsos que encontrem a cabeça de Leandro Damião (nosso único centroavante revelado nos últimos quatro anos – basta ver a lista de artilheiros do Brasileirão deste ano para comprovar este fato) para marcarmos um gol. Dependemos das jogadas vindas detrás formadas pelos voluntariosos Paulinho e Ramires para tentar surpreender o oponente. 

É... Como já disse, é muito pouco. E podemos golear a África do Sul, a China, o Zimbábue ou qualquer outra seleção inexpressiva. Só não nos esqueçamos de uma coisa: O Brasil, como ocorre desde 2003, depende demais da individualidade de nossos melhores valores. E tanta dependência só nos levará a outra eliminação  precoce e absurda em plena Copa de 2014. É hora de bradarmos “Independência!”. Ou morreremos na praia. De novo.